Qualquer empresa que tenha a pretensão de ampliar seus horizontes e conquistar posição de
liderança entre os grandes players do mercado global, terá que colocar no pódio, sempre, seu
capital humano. Por melhor que seja sua estrutura operacional, dispondo de avançadas
tecnologias de informação, controle e processos computacionais, nada substituirá um time de
craques em criatividade com sólida capacidade técnica, treinados e motivados simbolicamente
para seduzir clientes.
Esses dois quesitos são essenciais para assegurar a eficácia de suas ações no ambiente de
negócios marcado pela imprevisibilidade e volatilidades típicas do capital financeiro, mediado pela
era digital. A sobrevivência da organização dependerá, portanto, de quadros de gestores
integrados, preferencialmente em rede, por lideranças flexíveis, visionárias, carismáticas e sempre
prontas para observar, aprender e mudar. Na prática deverão implementar novas formas de
empoderamento e de relacionamento com seus pares, visando mitigar os efeitos das incertezas
que caracterizam este século XXI.
Fragmentos desse aprendizado podem ser garimpados no vasto campo da literatura de negócios,
mas não aquela que apenas motive o leitor a fazer o mesmo do mesmo, ou seja, reproduzirem
modelos. Essa prática embora seja ainda recorrente entre alguns gurus, não contribui para uma
verdadeira metamorfose de dentro para fora. Trata-se do impulso capaz de levar a pessoa a
acessar a parcela adormecida de sua energia inspiradora de paixões, geralmente acondicionada
do lado esquerdo do peito, ou seja, no coração. Da mesma forma, recomenda-se, como faz Marc
Halévy, em “A Era do Conhecimento”, uma incursão interior em busca do nosso potencial de
inovação, facilitado pelos comandos vindos do lado direito do cérebro, garantindo assim o
equilíbrio entre o material e o imaterial. O primeiro representa o quantitativo, a lógica movida pela
racionalidade dos números; a segunda, comanda os impulsos qualitativos, integrando o homem em
sua totalidade holística. Um e outro se complementam e são indispensáveis à proatividade e
flexibilidade – dois pré-requisitos que caracterizam o perfil do trabalhador do presente e do futuro.