Tolerância e diversidade vêm se transformando em condições sine qua non para garantir o equilíbrio nas relações internas e externas das organizações, potencializando seus lucros. Além de intrinsecamente relacionadas, quando bem trabalhadas em termos de gestão da cultura organizacional, essas duas categorias podem, em tese, facilitar a construção social de um clima organizacional focado em produtividade e inovação. Da mesma forma, contribuem para mitigar conflitos de etnias, gênero, de crenças e valores entre funcionários, equipes e grupos interdisciplinares.
Esses ganhos invisíveis revelados através de uma sondagem realizada pelo Hay Group no Brasil, em 2015, continuam despertando a curiosidade de interessados no estudo do comportamento organizacional frente ao estranhamento cultural de seus membros. Abrangendo uma amostra de 170 empresas brasileiras, os dados publicados pela Harvard Business Riview apontam, por exemplo, que nas empresas em que a diversidade é reconhecida e praticada, a existência de conflitos é 50% menor que nas demais organizações.
Por ouro lado, os funcionários estão 17% mais engajados na estratégia de negócio e se dispõem a ir além de suas responsabilidades formais do que nas empresas em que o ambiente é menos coeso. A pesquisa revelou também que líderes e funcionários motivados possuem desempenho 50% maior do que os demais. Adicionalmente, uma análise dos últimos cinco anos de pesquisa de clima organizacional realizada pelo Hay Group, entre os anos de 2010 a 2014, revela que receita líquida das empresas com funcionários motivados por novas tecnologias de gestão cresceu 4,5 vezes mais em comparação com as outras.