Assim como no presente, futuramente o trabalho se manterá como uma fonte de satisfação, de distinção social e de identidade pessoal, mas terá características diferenciadas em comparação com o que se observa hoje nas organizações, com ou sem fins lucrativos. Tendências detectadas pela Cognizant, um player global voltado para tecnologias e negócios, apontam que a força de trabalho humana será encarregada por atividades mais nobres. Dentre essas destacam-se, por exemplo, a tomada de decisões de risco, função que não pode ser delegada a um software ou a qualquer outro tipo de tecnologia com viés virtual, análise de dados ou inteligência artificial.
O varejo, um dos segmentos de pesquisa da Textocon, por iniciativa de seu sócio-diretor, antropólogo Maroni J. Silva, tem demostrado alta flexibilidade no que diz respeito a assimilação de novas culturas, como também aponta o estudo realizado pela Cognizant. Os dados revelam a emergência de novas tecnologias capazes de tocar em áreas muito sensíveis do comportamento humano, como é o caso das emoções. Neste sentido, as experiências de consumo acabam relativizando cada vez mais as dimensões econômicas de uma operação de compra e venda, transformando-a, simbolicamente, na realização de sonhos e satisfação de desejos alimentados por arquétipos socialmente construídos.